quarta-feira, 29 de julho de 2009

Seja um idiota!

Olá amigos! Depois de alguns dias de ausência, resolvi voltar para postar uma crônica escrita pelo genial cineasta e jornalista Arnaldo Jabor para profunda reflexão.


Saudações! Fiquem com Deus!


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S E J A U M I D I O T A
Por: Arnaldo Jabor



A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre.
Putz!
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Ignore o que o boçal do seu chefe disse.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele.
Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
Hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas.
E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo.
Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria.
Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso
agora?
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

As diversas reformas ortográficas (errata)

No 6º parágrafo do artigo anterior, onde se lê: "...lá você não encontrar um músico ou maestro de orquestra sinfônica...", se lê: "lá você não encontrará um músico ou maestro de orquestra sinfônica".

As diversas reformas ortográficas


Recentemente foi aprovada a REFORMA ORTOGRÁFICA da língua portuguesa, com o simples propósito de unificar a estrutura ortográfica em todos os países de língua portuguesa (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), eliminando as variações existentes entre um país e outro.


OK! Esta reforma, de certa forma, veio para, acima de tudo, descomplicar mais a forma de escrever a língua lusitana de raízes latinas. Mas, será que vai fazer alguma diferença?


Esta reforma foi resultado de um acordo entre os países supra-citados, contando inclusive com a supervisão da Academia Brasileira de Letras. Mas, se andarmos pelas ruas pelo Brasil afora, lermos o que muitos cidadãos escrevem, podemos concluir que não existe apenas uma reforma ortográfica, mas várias!


Existe, sim, uma reforma ortográfica oficial, esta que está sendo amplamente divulgada pelos meios de comunicação. Mas existem outras "inúmeras" reformas ortográficas extra-oficiais pelo Brasil afora, feitas por conta própria pelos próprios cidadãos brasileiros. Não entenderam o que estou dizendo? Calma, vou explicar direitinho.


Essas "reformas ortográficas extra-oficiais" são decorrentes da deficiência do nosso sistema de ensino público que deteriora intelectualmente a população brasileira, sobretudo a mais carente. Então, um indivíduo que, não tendo condições econômicas de usufruir de um ensino de melhor qualidade, se submete ao decadente e precário ensino público, assimila noções muito limitadas da nossa língua. A prova disso está nas "asneiras" que tais indivíduos escrevem, mas não é por culpa deles não. A culpa está no sistema educacional público deste país. Não é que tais indivíduos têm a iniciativa de fazerem suas reformas ortográficas. Essa idéia de "reformas ortográficas extra-oficiais" que cunhei é na verdade uma "metáfora" pra representar muito bem essa problemática educacional.


Para demonstrar essas "reformas ortográficas extra-oficiais", podemos citar como exemplo inicial a forma de se escrever "conserto" ou "concerto". Qual das duas formas significa "endireitar" e qual siginifica "apresentação musical"? Para quem promove uma "reforma ortográfica" por conta própria não faz "diferensa" escrever com "s" ou com "c". Se você procurar uma oficina de carro, de produtos eletrônicos, de eletrodomésticos, de bicicletas, etc., lá você não encontrar um músico ou maestro de orquestra sinfônica, mas a palavra "concerto" com certeza você vai encontrar. Tomem o exemplo: concerto de TV, Som e DVD (uma orquestra formada por aparelhos eletrônicos!). Outro exemplo: OFICINA DO GORDO - concerto Chevrolete, Fíate, Volquis, Forde, Renô (uma orquestra de carros, imaginem a melodia: buzina, ronco de motor, pneu cantando).


Mas não é só isso, não! Alguém de vocês já teve a oportunidade de ler as "pérolas do ENEM"? Isso demonstra que os próprios estudantes secundaristas já estão bastante avançados intelectualmente e, antes mesmo de entrarem numa universidade, já têm respaldo suficiente para fazer sua "reforma ortográfica". Vejam estes nobres exemplos da reforma ortográfica:


  • 'O nosso am biente ele estava muito estragado e muito poluido por causa que, os outros não zelam pelo ar puro.' (Esse deve lembrar disso sempre que está no Show do Planet Hemp)

  • 'O serumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias.''Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais.' (Leia a Bíblia...)

  • '...eles matam não somente aves mas também os desmatamentos de animais também precisam acabar.' 'morrem queimados e asfixiciados.' (Esse é um jumento, mas tem coração!)

  • 'Hoje endia a natureza...' (Pelo menos ele não usou m, e sim n, porque m só antes de p e b, não é mesmo? Muito bem!)

  • 'No paíz enque vivemos, os problemas cerrevelam...' (Outro erro acertado, ele usou 2 erres! Muito bem!)

Estas pérolas obtive neste site: http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=57709.0


Nestas "reformas ortográficas extra-oficiais", nos verbos na forma infinitiva ninguém é obrigado a colocar o "r" no final. Querem ver exemplos? Em vez de escrever o verbo "estudar" pode escrever "estuda" (Mamãe, agora eu vou estuda português); em vez de escrever o verbo "digitar", escreva "digita" (Mandei o funcionário digita o texto no computador). Pois é! Ao ter a experiência de ler cartas que recebi de alguns amigos e conhecidos, pude ter a oportunidade de ver a "reforma ortográfica" feita pelos remetentes ao escreverem estas formas verbais.


Agora, pasmem! Até jornais, que têm a obrigação de zelar pela boa expressividade verbal, também estão promovendo "reformas ortográficas"! Um grande exemplo disso é um jornal sediado na cidade onde moro: Feira de Santana - BA. Nem vou citar o nome do jornal para não causar-lhe constrangimento moral. Mas se vocês terem a oportunidade de lerem os artigos publicados neste jornal, vão ver o quanto os jornalistas e redatores estão reformando a nossa língua. Esses indivíduos mereciam ter cadeiras asseguradas na ABL - Academia Brasileira de Letras.


Agora vou falar sério. A reforma ortográfica (a oficial) representa para o nosso país um verdadeiro contrasenso, pois ela bate de frente com a problemática do nosso ensino público. A população brasileira, que já não consegue expressar corretamente a ortografia da língua portuguesa anterior à reforma que entrou em vigor recentemente, vai entender essa reforma? Quando eu questionei no início se essa reforma ortográfica iria fazer alguma diferença, tal diferença somente seria notada entre aqueles cidadãos mais cultos (que tiveram condições econômicas de estudar em boas escolas ou eram verdadeiros CDF's independentemente da qualidade das escolas onde estudaram). Mas, para a população mais carente, que tem de se sujeitar ao ensino público, didaticamente deteriorado pela omissão do poder público, a reforma ortográfica não fará diferença alguma. Duvido muito que nas escolas públicas, nas aulas de Língua Portuguesa, a reforma ortográfica será abordada ou citada, inclusive nos livros didáticos. Aposto que os estudantes de escolas públicas não estão nem aí, não fazendo a menor idéia do que seja a reforma ortográfica.


Perguntem a um estudante do ensino público se ele sabe alguma coisa da reforma ortográfica. Imaginem a resposta: "reforma orto... quem é o pedreiro que vai reformar a horta da gráfica?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

É mais fácil cultuar os mortos do que os vivos


A frase utilizada para dar título a este artigo foi cunhada pelo genial compositor Zeca Baleiro em sua canção "Minha Casa". Ela serve muito bem para ilustrar o quanto se dá maior valor às pessoas quando morrem do que quando estão vivas.


O maior exemplo disso se aplica às celebridades. Vejam o que aconteceu no último dia 25 de junho, quando a música ficou "fisicamente" desfalcada com o falecimento do pop-star Michael Jackson. Tudo bem, o cara tinha seu talento artístico, sabia fazer músicas boas, era um excelente dançarino, porém era um produto da chamada "cultura de massa". Antes de sua morte, Michael vivia numa fase de quase ostracismo, distante da mídia e dos holofotes, embora estivesse arquitetando seu retorno ao show business. Ultimamente, quando se ouvia falar dele na mídia, tudo se resumia a comentários sobre os escândalos (diga-se de passagem as acusações de pedofilia), à coloração esbranqueada de sua pele e à fisionomia mostruosa que ele deu ao seu rosto depois de tantas cirurgias plásticas. Pronto! Bastou o cara morrer e a mídia correu para colocá-lo no altar novamente, veiculando sem cessar reportagens em todos os meios de comunicação (TV, rádio, jornais, revistas, internet) sobre a carreira dele e sobre os fatos que cerceiam os confusos preparativos para seu funeral, ao qual está se prometendo um verdadeiro espetáculo! Para completar, as rádios FM tocam sem parar músicas do Michael, quase todas as bancas de CD e DVD piratas na rua bombardeiam nossos ouvidos e demais sentidos com músicas do Michael. Os downloads de músicas e vídeos dele na internet ficaram congestionados. No site Youtube os vídeos mais vistos são os vídeo clipes que ele gravou. Antes dele bater as botas, estava praticamente esquecido, quase ninguém se lembrava dele. Agora todo mundo tá lembrando dele!


Mas sempre foi assim! Eu me lembro muito bem, eu tinha 9 anos de idade quando John Lennon morreu ao ser brutalmente assassinado por um fã. A morte dele causou uma grande repercussão na mídia. Tanto é que a morte dele contribuiu para alavancar as vendas do disco dele lançado na época: DOUBLE FANTASY, tudo isso graças à mídia que explorou a comoção para promover as músicas dele. Inclusive aquela foi a época em que mais se tocou músicas dos Beatles. Inclusive eu passei a gostar das músicas dessa banda fantástica após a morte de Lennon.


Quando os integrantes dos Mamonas Assassinas morreram num trágico acidente aéreo em 1996, as rádios FM e as lojas de discos (ainda não havia na época a pirataria em larga escala como existe hoje) exploraram a comoção para vender mais as músicas do grupo. Quando Renato Russo morreu no mesmo ano, a mídia também explorou a comoção causada para vender mais as músicas dele e do Legião Urbana.


Isso é pra se ter uma idéia de como a mídia é capaz de transformar um artista em um mito quando ele morre. Acontece que essa atitude demonstra o quanto somos pessoas hipócritas, não somente com as celebridades, mas também com as pessoas comuns do nosso convívio social, porque quando alguém está vivo muitas vezes fingimos que gostamos delas, porém na prática fazemos pouco caso com elas, as tratamos com desprezo, chegando ao ponto de abandoná-las. Mas quando tais pessoas morrem, aí passamos a lhes dar valor, dizendo a Deus e ao mundo o quanto elas eram bacanas e tão queridas. Mas por que não costumamos demonstrar esse apreço quando estavam vivas? Isso tem tudo a ver com o ditado popular: "damos maior valor às coisas quando as perdemos".


Pois bem, não desejo menosprezar a importância que Michael teve enquanto artista, mas tão somente expressar minha opinião a respeito desse hábito que temos ao dar maior importância às pessoas quando as perdemos do que quando as temos no nosso convívio. Ou seja, temos que aprender a dar valor às pessoas que nos são queridas enquanto estão vivas, só assim provaremos o quanto somos verdadeiros ao demonstrar-lhes qualquer sentimento de afeto. Não esperemos que elas morram pra demonstrar o nosso sentimento de afeto, mas que demonstremos tal afeto enquanto estão bem vivinhas ao nosso lado!


E aqui encerro as minhas palavras. Saudações! Fiquem com Deus!

Deixem me apresentar...




Olá amigos! Meu nome é Sérgio Moura Dórea, Administrador de Empresas, profissional na área de Design Gráfico. Hoje estou inaugurando o meu blog pessoal, dando uma de jornalista (hehehe!), embora não tenha formação para tal profissão, mas acredito que possuo respaldo para expressar idéias e opiniões em forma de artigos jornalísticos se levar em consideração a minha formação superior, o meu estudo e a minha sede de conhecimento e vontade pessoal em transformar o mundo pela palavra e opinião com base em conhecimento de causa. Em outras palavras, quero com esse blog ser um artífice do processo de transformação do mundo em que vivemos, já que não desejo estar limitado à simples condição de expectador que apenas assiste passivamente aos acontecimentos, sem participar dos mesmos.


Espero cultivar, acima de tudo, uma relação de cordialidade com todos que vierem ler e prestigiar as minhas palavras, idéias e opiniões, já que a coisa que eu mais prezo na vida é a convivência pacífica e amigável com as pessoas. Mas não me importo se alguém quiser me atacar verbalmente e moralmente por causa de minhas opiniões, já que não é possível agradar a todos (nem Jesus Cristo conseguiu essa façanha, que dirá um simples mortal como eu). Só quero apenas me expressar, afinal de contas sou um ser pensante, como dizia o filósofo Descartes: "penso, logo existo".


Encerro aqui este artigo desejando tudo de bom para os meus leitores.


Saudações! Fiquem com Deus!