De Niki pra Massa...
Hoje, sábado, 1º de agosto de 2009, completa uma semana em que o piloto brasileiro da Ferrari, Felipe Massa, sofreu um grave acidente no circuito de Hungaroring, na ocasião dos treinos classificatórios para o GP da Hungria que aconteceria no dia seguinte, quando uma mola se soltou da Brawn de Rubens Barrichelo e atingiu a cabeça de Felipe a cerca de 250 km/h.
A forma como ocorreu o acidente causou uma grande apreensão em todo o circo da Formula 1. Para nós brasileiros a apreensão foi bem maior devido às notícias que aqui chegavam sobre o estado de saúde de Felipe, nos fazendo voltar à mente as amargas lembranças do dia 1º de maio de 1994, no circuito de Imola. Mas, em pouco tempo, notícias boas começavam a chegar nos deixando aliviados, já que todo o equipamento de segurança, do qual os pilotos atualmente estão revestidos, ajudou a proteger a vida de Felipe Massa.
Se reportarmos à história da Formula 1, em acidentes de iguais proporções ao de Felipe Massa, ocorridos num passado distante, outros pilotos não tiveram a mesma sorte. A história desta categoria registra histórias de pilotos que perderam suas vidas em acidentes de semelhante gravidade, a exemplo de Wolfgang Von Trips, Lorenzo Bandini, Jochen Rindt, François Cevért, Helmut Koinnig, Peter Revson, Tom Pryce, Ronnie Petterson, Gilles Villeneuve e o nosso Ayrton Senna, além de outros que ficaram inválidos como Clay Regazzoni.
Nesta mesma data, há exatamente 33 anos atrás, em 1º de agosto de 1976, no anel norte do circuito de Nurburgring, no GP da Alemanha, faltou pouco para o consagrado piloto austríaco Niki Lauda, que conquistara o título de 1975, se juntar a esta triste estatística da Formula 1. Neste dia Lauda, na 2ª volta da corrida, ao derrapar na pista molhada com sua Ferrari em uma curva do setor Bergwerk, bateu forte no guard-rail e o carro estacionou no meio da pista, conforme podem conferir no vídeo aqui inserido. Com o impacto (tão forte a ponto de arrancar o capacete de Niki Lauda), o carro incendiou-se e o piloto se viu exposto às chamas. Os fiscais de pista, auxiliados por alguns pilotos que pararam seus carros para socorrê-lo, tiveram muito trabalho para deflagrar as chamas. Devido ao tempo em que o piloto austríaco ficou exposto às chamas, ele sofreu graves queimaduras, principalmente no rosto que ficou seriamente deformado (até hoje ele tem seqüelas), e inalou a fumaça do incêndio que comprometeu seriamente seus pulmões.
Ele foi levado para o hospital em estado considerado gravíssimo, tanto a ponto dos médicos desenganá-lo e ele receber a visita de um padre que fez a extrema-unção. Mas Niki Lauda deu uma grande lição de luta pela vida. Ele se recuperou rapidamente, e uma semana depois ele já caminhava nos corredores do hospital. Melhor, um mês depois ele já estava de volta às pistas disputando o GP da Itália no tradicional circuito de Monza. Terminou a prova em 4º lugar.
Mas, para a sua glória, Niki Lauda, já completamente recuperado, conquistou mais 2 títulos mundiais: em 1977 pela Ferrari e em 1984 pela McLaren. Isso é uma verdadeira lição de vitória. Niki Lauda, nos números, é um tricampeão da Formula 1. Mas, no sentido moral, podemos considerá-lo com um “tetracampeão”, já que, além dos 3 títulos oficiais que ele conquistou, a recuperação “milagrosa” que ele teve vale tanto quanto um título conquistado. Ou seja, ele é um “campeão da vida”.
A história de Niki Lauda pode muito bem servir de exemplo pra Felipe Massa, cujo estado de saúde vem evoluindo muito bem, além do fato de que ele não sofreu tanta gravidade quanto Lauda sofreu. Com certeza veremos Felipe Massa de volta às pistas lutando por vitórias e, quem sabe, por títulos como em 2008. Se Niki Lauda, cujo acidente foi muito mais grave, conseguiu dar a volta por cima, por que não Felipe Massa?
E nesses dois casos há uma coincidência: os dois pilotavam uma Ferrari.
Saudações! Fiquem com Deus!
Hoje, sábado, 1º de agosto de 2009, completa uma semana em que o piloto brasileiro da Ferrari, Felipe Massa, sofreu um grave acidente no circuito de Hungaroring, na ocasião dos treinos classificatórios para o GP da Hungria que aconteceria no dia seguinte, quando uma mola se soltou da Brawn de Rubens Barrichelo e atingiu a cabeça de Felipe a cerca de 250 km/h.
A forma como ocorreu o acidente causou uma grande apreensão em todo o circo da Formula 1. Para nós brasileiros a apreensão foi bem maior devido às notícias que aqui chegavam sobre o estado de saúde de Felipe, nos fazendo voltar à mente as amargas lembranças do dia 1º de maio de 1994, no circuito de Imola. Mas, em pouco tempo, notícias boas começavam a chegar nos deixando aliviados, já que todo o equipamento de segurança, do qual os pilotos atualmente estão revestidos, ajudou a proteger a vida de Felipe Massa.
Se reportarmos à história da Formula 1, em acidentes de iguais proporções ao de Felipe Massa, ocorridos num passado distante, outros pilotos não tiveram a mesma sorte. A história desta categoria registra histórias de pilotos que perderam suas vidas em acidentes de semelhante gravidade, a exemplo de Wolfgang Von Trips, Lorenzo Bandini, Jochen Rindt, François Cevért, Helmut Koinnig, Peter Revson, Tom Pryce, Ronnie Petterson, Gilles Villeneuve e o nosso Ayrton Senna, além de outros que ficaram inválidos como Clay Regazzoni.
Nesta mesma data, há exatamente 33 anos atrás, em 1º de agosto de 1976, no anel norte do circuito de Nurburgring, no GP da Alemanha, faltou pouco para o consagrado piloto austríaco Niki Lauda, que conquistara o título de 1975, se juntar a esta triste estatística da Formula 1. Neste dia Lauda, na 2ª volta da corrida, ao derrapar na pista molhada com sua Ferrari em uma curva do setor Bergwerk, bateu forte no guard-rail e o carro estacionou no meio da pista, conforme podem conferir no vídeo aqui inserido. Com o impacto (tão forte a ponto de arrancar o capacete de Niki Lauda), o carro incendiou-se e o piloto se viu exposto às chamas. Os fiscais de pista, auxiliados por alguns pilotos que pararam seus carros para socorrê-lo, tiveram muito trabalho para deflagrar as chamas. Devido ao tempo em que o piloto austríaco ficou exposto às chamas, ele sofreu graves queimaduras, principalmente no rosto que ficou seriamente deformado (até hoje ele tem seqüelas), e inalou a fumaça do incêndio que comprometeu seriamente seus pulmões.
Ele foi levado para o hospital em estado considerado gravíssimo, tanto a ponto dos médicos desenganá-lo e ele receber a visita de um padre que fez a extrema-unção. Mas Niki Lauda deu uma grande lição de luta pela vida. Ele se recuperou rapidamente, e uma semana depois ele já caminhava nos corredores do hospital. Melhor, um mês depois ele já estava de volta às pistas disputando o GP da Itália no tradicional circuito de Monza. Terminou a prova em 4º lugar.
Mas, para a sua glória, Niki Lauda, já completamente recuperado, conquistou mais 2 títulos mundiais: em 1977 pela Ferrari e em 1984 pela McLaren. Isso é uma verdadeira lição de vitória. Niki Lauda, nos números, é um tricampeão da Formula 1. Mas, no sentido moral, podemos considerá-lo com um “tetracampeão”, já que, além dos 3 títulos oficiais que ele conquistou, a recuperação “milagrosa” que ele teve vale tanto quanto um título conquistado. Ou seja, ele é um “campeão da vida”.
A história de Niki Lauda pode muito bem servir de exemplo pra Felipe Massa, cujo estado de saúde vem evoluindo muito bem, além do fato de que ele não sofreu tanta gravidade quanto Lauda sofreu. Com certeza veremos Felipe Massa de volta às pistas lutando por vitórias e, quem sabe, por títulos como em 2008. Se Niki Lauda, cujo acidente foi muito mais grave, conseguiu dar a volta por cima, por que não Felipe Massa?
E nesses dois casos há uma coincidência: os dois pilotavam uma Ferrari.
Saudações! Fiquem com Deus!
VÍDEO: Acidente de Niki Lauda - Nurburgring 1976
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